sexta-feira, 1 de abril de 2016

O NÓ DO AFETO


Em uma reunião de pais de uma escola da periferia, a diretora incentivava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível. 

Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças. 

Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana. 

Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço, era muito tarde e o garoto não estava mais acordado. 

Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. 

Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir, indo beijá-lo todas as noites, quando chegava em casa. 

E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. 

Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. 

O nó era o meio de comunicação entre eles. 

A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante. 

E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

Nenhum comentário:

Postar um comentário